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Quatro em cada cinco pernambucanos sabem que o TCE-PE existe, aponta pesquisa


O SINDICONTAS-PE publica o artigo de opinião escrito pelo presidente do TCE-PE, Carlos Porto, veiculado na seção Opinião do jornal Diario de Pernambuco na edição do dia 10 de outubro. O texto analisa os resultados positivos da pesquisa de opinião realizada pela Datamétrica sobre a imagem do Tribunal, o grau de conhecimento que a sociedade tem do órgão, suas atribuições e nível de satisfação com o seu trabalho em prol da melhoria da gestão pública e do combate à corrupção.

De acordo com o levantamento, quatro em cada cinco pernambucanos sabem que o TCE-PE existe, índice superior ao da pesquisa anterior, realizada em 2009, quando esse percentual era de 30%. “O Tribunal de Contas está mais próximo da sociedade, conceitual e geograficamente. Uma sociedade cada vez melhor informada através das ferramentas comunicacionais e legais de transparência. São excelentes adubos no terreno da luta contra a corrupção e pela maior eficiência nos gastos públicos”, destaca o presidente do SINDICONTAS-PE, Márcio Santana.

Confira, a seguir, a íntegra do artigo, que também está disponível neste link:

TCE cada vez mais próximo da sociedade

Pesquisa de opinião sobre a imagem do Tribunal de Contas de Pernambuco, o grau de conhecimento que a sociedade tem do órgão, suas atribuições e nível de satisfação com o seu trabalho em prol da melhoria da gestão pública e do combate à corrupção foi realizada recentemente pela empresa Datamétrica e os resultados foram bastante positivos. Como sabido, a maioria da sociedade desconhece a existência dos tribunais e não tem a menor ideia de quais sejam as suas atribuições. Com o nosso não é diferente. Até porque somos um órgão essencialmente técnico e o grau de escolaridade da maioria do nosso povo ainda é baixo, o que o faz desconhecer a existência até de instituições que atuam na defesa do patrimônio público, e consequentemente do cidadão.

O Datamétrica entrevistou 2.400 pernambucanos acima de 16 anos em 55 municípios de todas as regiões do Estado para saber se eles conheciam ou já tinham ouvido falar no Tribunal de Contas. Para nossa surpresa, 81% responderam positivamente. Ou seja, quatro em cada cinco pernambucanos sabem que o TCE existe. Digo que isto nos surpreendeu porque na pesquisa anterior, realizada em 2009, esse percentual era de apenas 30%. Significa que no período de apenas sete anos mais que dobrou o número de pernambucanos que tomaram conhecimento de nossa existência. Para terem ideia do que isto significa, o Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul realizou em 2014 uma pesquisa análoga e apenas 58% dos gaúchos responderam que o conheciam. Como o grau de escolaridade lá é muito superior ao de cá, o nosso avanço nesse quesito foi bastante expressivo. 

Entretanto, este não foi o único indicador positivo para o TCE-PE. Há outros igualmente importantes como o reconhecimento por parte de 86% dos entrevistados de que a existência do órgão é necessária para defender o dinheiro do povo, combater a corrupção e capacitar os gestores públicos para aplicarem corretamente o dinheiro do contribuinte. Além disso, 63% reconhecem que o Tribunal não se deixa influenciar por pressões políticas e graças à competência e seriedade dos seus técnicos se comporta com imparcialidade nos casos em que é chamado para emitir parecer prévio, imputar débitos e multas, julgar as contas de gestores públicos, expedir medidas cautelares, etc.

Outro indicador igualmente relevante foi a percepção de transparência que a sociedade tem dos nossos atos. Temos um portal na internet que é um dos mais completos de Pernambuco e o site “Tome Conta” que pode ser facilmente acessado por qualquer cidadão que porventura estiver interessado em obter informações sobre a gestão pública do seu município. Daí ser de 55% o percentual de pernambucanos que reconhecem a atuação transparente do TCE, o que também foi muito bom.

Mas, como tudo na vida, o Tribunal também precisa de ajustes para aperfeiçoar o seu modelo de atuação a fim de aproximar-se cada mais da sociedade. Isso decorre de um processo e não se faz do dia para a noite. Em todo caso, demos passos importantes nas duas últimas décadas através da criação da Ouvidoria (por meio da qual qualquer cidadão pode fazer denúncia, desde que fundamentada), da Escola de Contas Públicas Professor Barreto Guimarães (para capacitar os gestores públicos) e das Inspetorias Regionais de Controle Externo (para interiorizar a ação do órgão, deixando-o mais próximo do cidadão).

Agora, para que não se pense que tudo são flores, um contingente considerável de pernambucanos clama por mais agilidade em nossas decisões, o que será devidamente considerado na revisão do nosso Plano Estratégico que ocorrerá na cidade de Gravatá no próximo mês de novembro.



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