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Sindicatos pernambucanos se unem contra a Reforma da Previdência


Os sindicatos que representam servidores do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), além do legislativo e judiciário no Estado, decidiram concentrar esforços contra a Reforma da Previdência. Nesta quinta-feira (7), eles lançaram uma nota criticando a propagação de que há déficit na previdência e questionando a legitimidade da Proposta de Emenda Constitucional (PEC).

— O que hoje se chama de reforma, não passa de um calote — diz o texto. Representantes dos sindicatos vão procurar os deputados federais de Pernambuco para mostrar, de forma técnica, que a reforma é uma farsa e solicitar o voto contrário.

O presidente do Sindicato dos Servidores do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (SINDICONTAS-PE), Jonas Moreno, questiona a legitimidade da reforma.

— Ao sugerir uma terceira Reforma da Previdência em menos de 20 anos, o governo demonstra que não sabe ou não quer tratar com seriedade o tema — declara.

Já o presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo do Estado de Pernambuco (SINDILEGIS-PE), Marconi Glauco, avalia que:

— A Reforma da Previdência já foi feita. O que eles querem é retirar mais direitos da classe trabalhadora.

Para o presidente do Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Pernambuco (SINDSEMPPE), Fernando Ribamar:

— Déficit da previdência é, na verdade, a determinação de um governo ilegítimo de retirar direitos dos trabalhadores a fim de transferir mais dinheiro para os bancos privados.

O presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Pernambuco (SINDJUD-PE), Michel Domingos, destaca que o relatório da CPI da Previdência já mostrou a inexistência do rombo.

—  O que há é uma tentativa de transferir a conta da corrupção e dos verdadeiros privilégios do Congresso Nacional para o trabalhador —  ressalta.

Confira a nota na íntegra:

Passam as décadas, passam os governos, mas as reformas continuam. É de se estranhar que, sob o mesmo discurso, reformas previdenciárias foram feitas em 1998 e 2003, sem alcançar algum resultado concreto. É de se estranhar também que quem fez reformas no passado oferece, mais uma vez, aquilo que vendeu e não entregou.

Os objetivos do governo presente estão mal disfarçados e abençoados pela conivência dos governantes do passado. O que hoje se chama de reforma, não passa de um calote.


Há de denunciar que, no regime geral, como bem diagnosticou a CPI da Previdência, não há déficit e, destoando do discurso presidencial, o servidor público não é culpado pela pretensa crise.

Em momento algum, os governantes explicam o que foi feito com a contribuição de milhares de servidores ao longo de décadas. Enquanto isso, os servidores são submetidos, a cada reforma, a novas regras, que, na prática, tornarão suas aposentadorias impossíveis de acessar em detrimento do esforço empenhado durante anos no exercício do trabalho.

Contra o calote e contra a farsa, os sindicatos abaixo assinados atuarão junto aos parlamentares do Estado, ao tempo em que convocam seus filiados a se engajarem no mesmo ofício para que o parlamento repudie o calote e a fraude. A previdência precisa ser discutida de forma séria.

Sindicato dos Servidores do Ministério Público de Pernambuco (SINDSEMPPE)

Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Pernambuco (SINDJUD-PE)

Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo do Estado de Pernambuco (SINDILEGIS Pernambuco)

Sindicato dos Servidores do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (SINDICONTAS-PE)



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